Levando em consideração a localização do sitio de trabalho e sua precariedade construtiva, a utilização de materiais majoritariamente locais foi uma prioridade na concepção do projeto.
A estrutura está dividida entre x pórticos de madeira, distribuídos ao longo da circunferência, e por alvenaria autoportante de tijolo de barro, que fazem a sustentação destes pórticos. Tal alvenaria é concebida num jogo de cheios de vazios, com os cobogós fazendo a vedação no nível térreo. Aberturas graduais ocorrem de acordo com o uso interno: a medida que aproxima-se da sala de culto, menores ficam as aberturas e, consequentemente, a relação com o mundo exterior. Tal solução visa melhorar a circulação de ar e explora o uso de iluminação natural no interior da arquitetura.
No pavimento superior, brises fixos de bambu fazem o fechamento, também permitindo a entrada de luz e ventilação natural para o interior. Esta mesma pele também atua no interior do edifício, fazendo a transição da área coberta do corredor para o pátio descoberto.
Para a cobertura foi proposto uma superfície de piaçava/palha, encobrindo o anel circular, com inclinação direcionada para o centro da circunferência, onde as águas pluviais podem ser captadas através de uma calha e direcionadas a um reservatório no nível térreo.