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Visualidade - Editorial da Revista Curinga 33° ed.

No ano de 2022, completa-se um ciclo de 200 anos da "Independência do Brasil". Nas escolas, a história lecionada desde o Ensino Fundamental, narra o episódio como a  "liberdade" do país sob o domínio de Portugal. O acontecimento é simbolizado pela figura heróica de Dom Pedro I, gritando  "independência ou morte" às margens do Rio Ipiranga. Entretanto, esse heroísmo, tão comemorado no dia 7 de setembro, esconde, embaixo de quadros, museus e livros, a real pluralidade brasileira.

A Independência é comemorada por quem e pra quem? E quanto aos povos que já habitavam essas terras, a independência foi pra eles? E aqueles que de forma cruel foram trazidos em navios negreiros, abraçaram a liberdade? Onde estão os gritos desses povos no hino nacional? Nossas terras são livres? Afinal, somos mesmo independentes? É interessante observar que a palavra independência pode ser destrinchada, começando pelo aditivo do "s". Nesse jogo de sentidos, encontramos dependências e pendências, sobre as quais a 33ª edição da revista Curinga busca se dedicar.
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